A Ucrânia contestou a decisão da União Europeia de Radiodifusão (UER), responsável pela organização do Festival Eurovisão da Canção, que revelou, esta sexta-feira, estar a equacionar a possibilidade de o Reino Unido receber a próxima edição do evento, devido à invasão russa.
"Vamos exigir a mudança desta decisão, porque acreditamos que seremos capazes de cumprir todos os compromissos. [...] Exigimos negociações adicionais sobre a realização da Eurovisão-2023 na Ucrânia", disse o ministro da Cultura ucraniano, Oleksandr Tkachenko, em comunicado citado pela AFP.
"A Ucrânia não concorda com a natureza da decisão tomada pela União Europeia de Radiodifusão", acrescentou Tkachenko, assegurando que o seu país "preenche todas as condições" e "forneceu respostas e garantias sobre os padrões de segurança" para a realização do concurso.
Conforme noticiado esta tarde, a UER anunciou que a próxima edição do concurso não poderá acontecer na Ucrânia devido ao conflito com a Rússia, considerando, por isso, o Reino Unido como alternativa, visto aquele país ter alcançado o segundo lugar nesta 66.ª edição.
“De acordo com as regras e para assegurar a continuidade do evento, a UER irá agora iniciar discussões com a BBC, como segunda classificada deste ano, para potencialmente acolher o Festival Eurovisão da Canção de 2023 no Reino Unido”, esclareceu a entidade.
Ainda assim, a UER adiantou ser sua “total intenção que a vitória da Ucrânia reflita nos espetáculos do próximo ano”, o que será “uma prioridade nas discussões com os eventuais anfitriões”.
Recorde-se que a banda ucraniana Kalush Orchestra venceu a 66.ª edição do Festival Eurovisão da Canção, no dia 14 de maio, em Turim, Itália. O tema 'Stefania' arrecadou um total de 631 votos, combinados entre votos do júri e do público.
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