O voo aterrou durante a tarde no aeroporto internacional Amílcar Cabral, em Espargos, ilha do Sal, com 146 passageiros, e, segundo o Instituto do Turismo de Cabo Verde, vai passar a ser semanal durante este Verão.
"É o retorno de uma rota de férias para os residentes na Catalunha, que está a ser a saudado com algum destaque pelo Aeroporto de Barcelona/El Pratt, tal como o reforço de outras rotas da Vueling para destinos africanos de praia", salientou o mesmo instituto cabo-verdiano.
O administrador do Instituto de Turismo de Cabo Verde, Francisco Martins, disse que a inauguração do voo "marca o início de um novo capítulo no turismo" no arquipélago e garantiu que há contactos para operações do género de mais companhias ainda este ano.
"Queremos dinamizar a procura com o aumento de fluxo de voos e que as ofertas de voos sejam mais frequentes e a preço mais atrativo", disse o líder institucional, citado pelo Expresso das Ilhas.
Em maio, o ministro do Turismo e Transportes cabo-verdiano, Carlos Santos, disse que o país já está a trabalhar nesta ideia desde 2019, com o conceito de 'stopover' (permitir que passageiros possam permanecer numa ilha durante algumas horas).
Na mesma altura, o ministro considerou que a concessão dos aeroportos e aeródromos ao grupo Vinci vai ser uma oportunidade para atrair voos 'low cost' para o país.
"Fazendo isso, nós estamos a facilitar a conectividade com o exterior, não só com países onde está a diáspora cabo-verdiana, como também com outros nichos de mercado para o turismo", frisou o ministro, para quem o objetivo é diversificar a procura turística no arquipélago.
Em janeiro, o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, afirmou que estava a ser preparado um quadro legal para fomentar o transporte aéreo por companhias 'low cost' para o arquipélago.
O turismo representa cerca de 25% do PIB de Cabo Verde, mas depois de um recorde de 819 mil turistas em 2019, as limitações às viagens internacionais devido à pandemia de covid-19 provocaram uma quebra na procura de 70% e o país enfrenta agora uma profunda crise económica e financeira.
O país registou em 2020 uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB.
Segundo dados oficiais, a economia cresceu 7% em 2021, impulsionada por alguma retoma na procura turística, mas o Governo reduziu para 6% a previsão de crescimento em 2022, devido às consequências da guerra na Ucrânia.
Em 2021, o arquipélago recebeu 229.263 turistas e espera mais do que duplicar esse número este ano, invertendo a tendência de queda nos últimos dois anos por causa da pandemia de covid-19, segundo previsões do Orçamento do Estado.
Leia Também: Ilha do Sal passa a ter a primeira escola de aviação de Cabo Verde