A autarquia de Moscovo anunciou, esta quarta-feira, ter alterado oficialmente a morada da embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) na capital russa para honrar os separatistas ucranianos.
A embaixada situa-se, agora, na ‘Praça da República Popular de Donetsk 1’, numa referência à autoproclamada República Popular de Donetsk, cuja independência foi reconhecida pela Rússia dias antes da invasão da Ucrânia, diz a AFP.
A mudança surgiu na sequência de uma proposta da autarquia para honrar os “defensores do Donbass”, que acabou por ser decretada após uma votação que envolveu 280 mil pessoas.
Até esta quarta-feira, o endereço da embaixada norte-americana era ‘Via Bolshoi Devyatinsky 8’.
O mesmo meio noticioso recorda que, em fevereiro de 2018, uma rua em frente a embaixada dos EUA foi renomeada em homenagem a Boris Nemstov, um político da oposição morto no exterior do Kremlin, em 2015.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 15 milhões de pessoas - mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Além disso, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A ONU confirmou ainda que mais de quatro mil civis morreram e outros mais de cinco mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores.
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