Adesão da Ucrânia à UE "não deve demorar anos ou décadas", pede Zelensky
O presidente da Ucrânia afirmou que o país deve "fazer a sua parte do trabalho" para "permitir" que a UE tome "mais uma decisão histórica".
© Presidência da Ucrânia
Mundo Guerra na Ucrânia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, esta sexta-feira, que a adesão do país à União Europeia (UE) “não deve demorar anos ou décadas”. Num discurso, após a intervenção da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, no parlamento ucraniano, Zelensky lembrou que já passaram 115 dias desde que o país se candidatou ao bloco europeu.
“Hoje, em conjunto com o presidente da Verkhovna Rada [parlamento ucraniano] da Ucrânia e o primeiro-ministro, assinamos uma declaração conjunta, que é um sinal da unidade de todos os ramos do governo e a prova da determinação em alcançar o objetivo estratégico da Ucrânia, nomeadamente a plena adesão à União Europeia”, começou por afirmar.
Frisando que “assinar esta declaração deve significar o mesmo do que assinar o pedido de adesão no 5.º dia de guerra”, Zelensky lembrou que “já passaram 115 dias desde o dia da candidatura”. “O nosso caminho para a adesão não deve levar anos ou décadas. Temos de percorrer este caminho rapidamente. Fazer a nossa parte do trabalho. Permitir que os nossos amigos da União Europeia tomem mais uma decisão histórica com a mesma rapidez e de forma consolidada”, assinalou ainda numa publicação nas redes sociais.
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Ursula von der Leyen defendeu, esta sexta-feira, que a Europa estará do lado da Ucrânia “em cada passo do caminho” do país para a adesão UE, mas frisou que ainda há muito trabalho pela frente e pediu a adoção de uma lei dos media, implementação de novas regras que reduzam a influência excessiva dos oligarcas e a nomeação de altos funcionários anti-corrupção.
Assinala-se, esta sexta-feira, o 128.º dia da guerra na Ucrânia, que já provocou, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a morte a 4.731 civis e deixou 5.900 feridos.
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