"Não prevemos ter uma presença adicional nos dois países. Eles têm forças nacionais consideráveis. Eles têm a capacidade para se defenderem", justificou o responsável, numa entrevista telefónica à agência AFP.
Este tipo de destacamento tinha sido considerado como uma bandeira vermelha pelo Presidente russo, Vladimir Putin, na altura do pedido de adesão destes dois países, decidida de emergência após a agressão russa contra a Ucrânia.
"Se a Finlândia e a Suécia quiserem aderir, deixem-nos aderir, isso é assunto deles", mas, "em caso de destacamento de contingentes militares e de infraestruturas militares para lá, seremos obrigados a responder proporcionalmente e a criar intimidações idênticas", advertiu na semana passada Putin.
Segundo Geoana, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) não pretende atualmente ter bases na Suécia e na Finlândia, "porque são países de elevada maturidade militar e estratégica", explicou.
A Aliança Atlântica lançou o processo de integração, que deve ser validado pelos parlamentos dos trinta países membros. Há um grande ponto de interrogação sobre a Turquia, que está a condicionar o seu apoio a mudanças em Estocolmo e Helsínquia relativamente aos militantes curdos combatidos por Ancara.
"Esperamos que o processo seja concluído rapidamente", referiu Geoana, recusando-se a adiantar um calendário mais preciso.
A Suécia e a Finlândia solicitaram o ingresso na NATO em 18 de maio, pondo termo à sua tradicional política de não-alinhamento, devido à guerra na Ucrânia, apesar de já manterem há décadas uma estreita cooperação com a organização militar ocidental.
Na semana passada, e no decurso da cimeira de Madrid, os líderes da NATO concordaram em dar início ao processo de adesão após os países nórdicos terem alcançado um acordo de princípio com a Turquia, que tinha inicialmente vetado o acesso.
A Suécia e Finlândia, que garantem provisoriamente o estatuto de países "convidados", apenas se tornam membros de pleno direito após a ratificação dos protocolos de acesso pelos parlamentos dos 30 países que integram a Aliança Atlântica.
Os processos de ratificação dos protocolos de adesão variam de um país para outro: enquanto os Estados Unidos precisam da aprovação de dois terços do Senado, no Reino Unido não é necessária uma votação formal no parlamento.
Após este processo, as respetivas atas de aprovação deverão ser enviadas para o Departamento de Estado norte-americano, o depositário designado pelo tratado da aliança.
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