O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia terá abandonado a cimeira do G20, que decorre em Bali, na Indonésia, de acordo com o que avança a revista Der Spiegel.
De acordo com a revista alemã, a saída de Sergei Lavrov do encontro que reúne representantes das 20 maiores economias mundiais terá acontecido em protesto pelos líderes terem priorizado o conflito no leste ucraniano e deixado de parte a agenda do grupo.
As hostilidades tiveram início quando o secretário de Estado norte-americano se recusou a aparecer com o responsável russo na fotografia oficial da cimeira. De acordo com a agência de notícias Kyodo, citada pelo Politico, os restantes membros do G7 seguiram o exemplo.
Perante esta decisão, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Indonésia disse compreender a posição tomada. "Percebo a vossa posição. Todas as pessoas têm que se sentir confortáveis", sublinhou.
️ Lavrov leaves G20 summit due to boycott, - Der Spiegel.
— Flash (@Flash43191300) July 8, 2022
The foreign ministers of the G20 countries at the Indonesian summit decided to ignore Lavrov. First, the diplomats refused to take a photo with him, and then the ministers of the G7 countries missed the official dinner. pic.twitter.com/tOlgnAgLpE
A mesma agência avança ainda que os representantes de outros economias mundiais recusaram-se a estra presentes no jantar oficial desta quinta-feira caso Sergei Lavrov se sentasse à mesa.
Este tem sido um encontro tenso, uma vez que, de acordo com as publicações internacionais, Sergei Lavrov também não esteve presente enquanto o seu homólogo ucraniano, Dmitry Kuleba, discursava.
Apesar de ser uma reunião multilateral, havia a possibilidade de encontros paralelos, tanto o secretário de estado norte-americano, Antony Blinken, como a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, recusaram encontrar-se com Sergei Lavrov em encontros a sós.
Já antes de a imprensa alemã ter avançado que o responsável russo tinha abandonado a cimeira, Sergei Lavrov considerou que havia representantes mais preocupados em apontar o dedo à Rússia por causa da invasão na Ucrânia do que em seguir a agenda do G20.
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