O Estado Islâmico terá planeado ataques com armas químicas e biológicas na Europa. De acordo com o jornal The Washington Post, que cita detalhes de um programa de armas, o líder do Estado Islâmico Abu Bakr al-Baghdadi convocou em 2014 uma reunião secreta com um especialista em armas descrito como tendo "habilidades incomuns".
Tratava-se de Salih al-Sabawi, um ex-recluso dos EUA e Iraque que, antes de cumprir pena, foi um oficial iraquiano de renome. Sabawi era um engenheiro treinado na Rússia que ajudou o antigo presidente iraquiano Saddam Hussein a construir o seu extenso arsenal de armas químicas.
O encontro tinha como intenção dar ao antigo recluso um emprego: produzir as mesmas armas de Saddam Hussein para o Estado Islâmico.
O ex-engenheiro não só aceitou a proposta como disse que poderia "fazer mais do que isso".
Segundo o jornal, foi nesse momento que começou o que os EUA e autoridades curdas iraquianas descrevem como um esforço conjunto destinado a construir o maior arsenal de armas químicas e, potencialmente, biológicas já montadas por um grupo terrorista.
Em seis meses, o Estado Islâmico fabricaria gás mostarda, bombas e foguetes cheios de gás cloro - um gás tóxico - tudo armas usadas na I Guerra Mundial.
O objetivo deste 'especialista em armas' era desenvolver um stock de vários tipos de agentes químicos e biológicos para serem usados em campanhas militares e ataques terroristas contra as principais cidades da Europa.
“Eles estavam olhando especificamente para a Europa Ocidental”, disse um veterano dos EUA.
O perigo que este homem representava levou os Estados Unidos da América a lançarem uma operação para assassinar Salih al-Sabawi.
Refira-se que Salih al-Sabawi foi morto pelos EUA, em 2015, num ataque aéreo liderado no norte do Iraque.
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