Estas medidas foram anunciadas na véspera da visita do Presidente norte-americano, Joe Biden, a Israel e à Cisjordânia.
"O ministro da Defesa, Benny Gantz aprovou uma série de medidas que visam estabelecer confiança com a Autoridade Palestiniana", anunciou em comunicado o Cogat, órgão do Ministério da Defesa que supervisiona as atividades civis nos territórios palestinianos.
Entre essas medidas prevê-se o aumento em 1.500 do número de autorizações de trabalho de Israel a residentes na Faixa de Gaza, enclave sob bloqueio do Estado judeu há 15 anos, que aumentam assim de 14.000 para 15.500.
As autorizações de trabalho, conjugadas com salários mais elevados em Israel são vistos como um balão de oxigénio para a economia de Gaza, um território pobre com cerca de 2,3 milhões de habitantes e onde a taxa de desemprego atinge os 50%.
Outra das medidas anunciadas pelo Cogat refere-se às novas autorizações concedidas aos palestinianos parta construir na Cisjordânia, na Zona C, controlada pelo exército israelita, tendo sido aprovados seis planos de construção em aldeias palestinas, segundo o comunicado citado pela AFP.
Além disto será aberto um novo ponto de passagem para permitir aos árabes israelitas entrar na cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia.
Joe Biden inicia na quarta-feira o seu primeiro périplo no Médio Oriente enquanto o Presidente norte-americano, marcado pela necessidade de apoio saudita para aliviar os preços do petróleo, e implicando 'pragmatismo' nas relações regionais.
Numa viagem que decorrerá entre 13 e 16 de julho, Biden vai fazer paragens em Israel e na Cisjordânia, onde terá contactos com a Autoridade Palestiniana, antes de seguir para a Arábia Saudita, onde participará numa cimeira de chefes de Estado do Conselho de Cooperação do Golfo, bem como do Egito, Jordânia e Iraque.
Em discussão estarão o aumento da produção de petróleo, o cessar-fogo no Iémen e a limitação da influência do Irão no Médio Oriente e da China no panorama global.
Ao nível diplomático, será importante a paragem em Israel, que encorajou a reaproximação à Arábia Saudita. Biden vai reunir-se com Benjamin Netanyahu, o ex-primeiro-ministro que terá hipótese de regressar ao poder após nova dissolução do parlamento e quarta eleição em dois anos.
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