"Quero convidá-lo formalmente para visitar os Estados Unidos", disse o líder norte-americano, especificando que deseja receber o seu homólogo na Sala Oval, em Washington, "antes do final do ano".
As relações entre os dois países têm estado arrefecidas nos últimos meses, com os Estados Unidos a serem acusados por alguns especialistas de estarem a perder o interesse no Médio Oriente.
"Os desafios que enfrentamos hoje tornam ainda mais importante passarmos tempo juntos", disse Biden durante uma reunião bilateral com Mohammed bin Zayed em Jeddah, na Arábia Saudita.
O Governo norte-americano está, no entanto, receoso pela recusa dos países do Golfo Pérsico em aumentar a produção de petróleo para serenar a subida dos preços nos mercados mundiais devido ao conflito russo-ucraniano iniciado em 24 de fevereiro.
Liderando o Conselho de Segurança da ONU, os EAU inicialmente recusaram-se a condenar a invasão russa da Ucrânia.
Além disso, os EAU, como a Arábia Saudita, esperam há muito tempo por mais ajuda dos Estados Unidos na guerra contra os houthis no Iémen, sendo esses rebeldes apoiados pelo Irão. Atualmente encontra-se em vigor um cessar-fogo.
No início de março, o embaixador dos EAU nos Estados Unidos, Youssef Al Otaïba, havia dito que as relações entre Washington e Abu Dhabi estavam "testadas".
Hoje, o Presidente norte-americano assegurou que os Estados Unidos vão continuar a ser "um parceiro comprometido ativo no Médio Oriente", recusando deixar um vazio para a China, Rússia ou Irão.
Biden falava na cimeira Conselho de Cooperação do Golfo (GCC)+3, em Jeddah, com a presença dos Estados de Omã, Bahrein, Kuwait, Qatar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU), Egito, Iraque e Jordânia.
"Não vamos afastar-nos e deixar um vazio para ser preenchido pela China, Rússia ou Irão. Os Estados Unidos vão continuar a ser um parceiro comprometido ativo no Médio Oriente", realçou o Presidente dos EUA, delineando os princípios da sua estratégia para a região, com foco na cooperação regional para enfrentar ameaças.
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