Esta viagem é a primeira deslocação de Macron desde a sua reeleição, em abril.
A crise alimentar causada pela guerra na Ucrânia, a produção agrícola e as questões de segurança estarão no centro desta viagem, adiantou a Presidência.
Trata-se de "marcar a continuidade e constância do compromisso do Presidente da República no processo de renovação das relações com o continente africano", comentou o Eliseu.
O Presidente francês anunciou na semana passada o seu desejo de "repensar até ao outuno tudo o conjunto [dos dispositivos militares franceses] no continente africano", enquanto a força anti-terrorista Barkhane está em vias de completar a sua partida do Mali.
Macron disse que queria "dispositivos menos expostos e menos colocados", o que classificou como uma "necessidade estratégica".
A primeira etapa desta viagem será os Camarões, a maior economia da África Central. Emmanuel Macron reunir-se-á na terça-feira com o seu homólogo, o Presidente Paul Biya, 89 anos, 40 dos quais à frente do país.
Na agenda das discussões estarão as possibilidades de investimento francês na agricultura camaronesa, de acordo com o Eliseu. Os desafios da luta anti-jihadista no norte dos Camarões também serão discutidos.
Na quarta-feira, o Presidente francês irá viajar para o Benim. O norte do país enfrenta um aumento de ataques mortais, enquanto a ameaça rebelde se alarga do Sahel para os países do Golfo da Guiné.
Cotonou quer o apoio francês em termos de apoio aéreo, inteligência e equipamento, de acordo com o Eliseu.
Na quinta-feira, Macron terminará a sua viagem na Guiné-Bissau, país lusófono na África Ocidental cujo Presidente, Umaro Sissoco Embaló, está prestes a assumir a liderança da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Durante esta viagem, "as questões da governação e do Estado de Direito serão abordadas em todas as fases, sem injunção dos media mas sob a forma de trocas diretas com os seus homólogos", disse a Presidência francesa.
O chefe de Estado será acompanhado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e das Forças Armadas, Catherine Colonna e Sébastien Lecornu, o ministro delegado para o Comércio Externo, Olivier Becht, e a secretária de Estado do Desenvolvimento, Chrysoula Zacharopoulou.
[Notícia atualizada às 17h50]
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