O geólogo britânico Jim Fitton, de 66 anos, que foi condenado no Iraque a 15 anos de prisão sob acusação de contrabando de antiguidades será agora libertado.
De acordo com a sua família e o seu advogado foi, esta terça-feira, anulada a acusação após Fitton ter recolhido 12 pedras e cacos de cerâmica partidos como lembranças enquanto visitava um local em Eridu, no Iraque, durante uma visita de geologia e arqueologia.
Os funcionários iraquianos alegaram que os artigos que estavam no sudeste do país poderiam ser considerados peças arqueológicas, uma vez que datam de há mais de 200 anos, relata o jornal The Guardian.
"O meu cliente será livre em breve", revelou o advogado de Fitton, Thaer Saoud. Já o genro Sam Tasker, de 27 anos, confessou que a família "espera que ele esteja em casa até ao final da semana", embora não tenha sido divulgada a data da libertação.
"Fomos informados esta manhã [terça-feira] que o tribunal de recurso decidiu anular o veredito do tribunal de crime, reconhecendo plenamente a inocência de Jim e anulando a sentença de 15 anos de prisão em Bagdade".
Fitton, pai de dois filhos que vive na Malásia com a sua esposa, Sarijah, está preso desde 20 de março, dia em que os artefactos foram descobertos pelos seguranças do aeroporto de Bagdade. Foi considerado culpado num tribunal iraquiano ao abrigo de uma lei da era Saddam Hussein de 2002, que o advogado defende que não deveria ter sido aplicada.
O seu co-acusado, o turista alemão Volker Waldmann, foi considerado inocente. Porém, ambos disseram que não faziam ideia de que a recolha de artigos do Iraque era ilegal e que não tinham agido com intenção criminosa.
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