Borrell saúda "mensagem clara" com rejeição de recurso a canal russo

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, saudou hoje a "mensagem importante e clara" do Tribunal Geral da União Europeia (UE) pela rejeição de um recurso apresentado pelo canal de informação RT France (ex-Russia Today), controlado pelo Kremlin.

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Lusa
27/07/2022 12:42 ‧ 27/07/2022 por Lusa

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"Uma mensagem importante e clara do Tribunal Geral da União Europeia hoje: não há lugar na UE para a manipulação que justifique a guerra de agressão da Rússia" contra a Ucrânia, reagiu o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, numa publicação na rede social Twitter.

"O nosso trabalho no sentido de uma maior resiliência contra a manipulação e interferência de informação estrangeira continua", adiantou Josep Borrell.

O Tribunal Geral da União Europeia rejeitou hoje um recurso apresentado pelo canal de informação RT France (ex-Russia Today), controlado pelo Kremlin (Presidência russa), contra a suspensão de difusão decidida no quadro das sanções europeias contra Moscovo.

Num acórdão hoje divulgado, o tribunal considera que a "interdição temporária e reversível" de emissões do RT France, a filial francesa do canal noticioso internacional russo, não coloca em causa a liberdade de expressão, como alegava a estação, e é "proporcional", na medida em que é "adequada e necessária" com vista ao cumprimento do objetivo das medidas restritivas impostas pela UE contra a Rússia pela sua agressão militar à Ucrânia.

Acusados de serem instrumentos de desinformação e propaganda do Kremlin, os meios de comunicação Sputnik e RT, incluindo a sua versão francesa RT France, estão proibidos, desde 02 de março, de transmitir na UE, quer na televisão, quer na Internet, tendo o RT France decidido contestar a suspensão das emissões junto do Tribunal de Justiça, argumentando que violava a liberdade de expressão, contrariando a legislação comunitária.

O RT France já anunciou que vai recorrer desta decisão junto do Tribunal de Justiça da UE.

Leia Também: "Não foi Missão Impossível". Há acordo na UE para reduzir consumo de gás

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