ONU espera primeiras exportações de cereais esta sexta-feira

Há, contudo, detalhes que ainda estão a ser afinados.

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© REUTERS/Carlo Allegri

Notícias ao Minuto
28/07/2022 22:54 ‧ 28/07/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Rússia/Ucrânia

O sub-secretário-geral das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, disse, esta quinta-feira, que espera que o primeiro carregamento de cereais ucranianos para exportação possa ocorrer esta sexta-feira, depois do acordo selado há uma semana. Contudo, notou que há detalhes “cruciais” para uma passagem segura dos navios que ainda estão a ser elaborados. 

De acordo com a Reuters, o responsável adiantou que oficiais militares turcos, russo e ucranianos estão a trabalhar com uma equipa da ONU num Centro de Coordenação Conjunta em Istambul para definir os procedimentos operacionais para o acordo alcançado na passada sexta-feira.

"Esta é uma negociação detalhada baseada no acordo", disse Griffiths, citado pela Reuters, num briefing esta quinta-feira. "Mas sem esses procedimentos operacionais padrão, não podemos gerir uma passagem segura de navios”, acrescentou.

A agência destaca que, mais tarde, em entrevista, Griffiths notou que "o diabo estava nos detalhes", mas que até agora não surgiram grandes problemas. 

Um dos temas em negociação são as coordenadas exatas dos canais de transporte, de forma a garantir que as viagens são seguras, sem ameaças. 

"Não é apenas uma questão de saber se há um navio, ou dois, ou três disponíveis nos portos prontos para sair. Eles precisam mover-se com segurança e isso significa que temos que saber exatamente onde fica o canal", disse Griffiths. 

Recorde-se que a Ucrânia e a Rússia assinaram na sexta-feira acordos separados com a Turquia e a ONU para desbloquear a exportação de cerca de 25 milhões de toneladas de cereais presos nos portos do mar Negro.

Numa cerimónia realizada no Palácio Dolmabahçe, na cidade turca de Istambul, com a parceria da Turquia e da ONU, foram assinados dois documentos , uma vez que aUcrânia recusou assinar o mesmo papel que a Rússia. O acordo deverá vigorar durante quatro meses, sendo, contudo, renovável.

Leia Também: Rússia responderá "simetricamente" à NATO na Finlândia e Suécia

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