As acusações não puderam ser verificadas de forma independente, uma vez que o estado etíope do Tigray está, em grande parte, isolado do resto do país e o Governo etíope não comentou até agora as acusações.
O exército federal etíope acusou esta terça-feira os insurgentes tigray de o "difamar" ao acusá-lo de "avançar para as suas posições" ou de os "bombardear".
As forças federais etíopes "lançaram uma ofensiva esta manhã por volta das 05:00 (02:00 TMG). Estamos a defender as nossas posições", afirmou um porta-voz das autoridades de Tigray, Getachew Reda, em declarações à AFP.
Getachew disse igualmente através da rede social Twitter que foi lançada uma "ofensiva em larga escala" contra as "posições da frente sul" dos insurgentes tigray.
A confirmar-se a ofensiva, os combates marcam o fim de uma trégua acordada no final de março e até agora respeitada.
O tom tinha vindo a subir nos últimos dias entre o Governo federal e a administração tigray, com cada uma das partes a acusar a outra de estar a preparar-se para retomar as hostilidades, apesar dos repetidos compromissos de ambas nos últimos dois meses para negociações, que ainda não começaram.
O conflito no estado etíope de Tigray começou em novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, enviou o exército com a instrução de desalojar as autoridades da região, que vinham a desafiar o seu governo há vários meses, e a quem acusou de atacar bases militares no estado.
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