Maiote em alerta laranja devido à aproximação do ciclone Dikeledi

O arquipélago de Maiote foi hoje colocado em alerta laranja devido à passagem do ciclone Dikeledi, ao largo do sul do território francês no Oceano Índico, menos de um mês depois da devastação causada pelo ciclone Chido.

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© JULIEN DE ROSA/AFP via Getty Images

Lusa
11/01/2025 08:56 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Dikeledi

O nível laranja significa que "todo o tráfego de barcaças", o nome dado aos ferries locais, foi interrompido, disse a administração deste departamento francês com uma população de 320.000 habitantes no X, alertando para "uma deterioração significativa das condições meteorológicas" a partir de sábado à noite.

 

"É preciso estar seriamente preparado para a possibilidade de o ciclone passar perto e acionar o alerta vermelho", avisou, citada pela AFP.

No seu último boletim, a Météo-France prevê "chuvas e ventos fortes" aquando da passagem do Dikeledi perto do arquipélago, apontando que estas chuvas "podem provocar inundações".

No entanto, os meteorologistas esperam que o Dikeledi enfraqueça no sábado à noite e se torne numa "forte tempestade tropical, antes de circular ao largo do sul de Maiote durante o dia de domingo".

Às 03h34 horas locais (00h34 em Lisboa) de sábado, o Dikeledi encontrava-se a 800 quilómetros a leste de Mayotte, segundo a Météo-France.

O alerta laranja surge menos de um mês depois do ciclone Chido, o mais devastador a atingir o pequeno arquipélago do Oceano Índico nos últimos 90 anos.

O Chido causou danos colossais no departamento mais pobre de França. A passagem deste ciclone tropical intenso fez pelo menos 39 mortos e mais de 5.600 feridos, destruindo um grande número de habitações improvisadas e permanentes no 101º departamento de França.

"Dada a fragilidade do território após a passagem do Chido, a administração apela à vigilância extrema de toda a população", advertiu no X.

Em Maiote, na sexta-feira, as filas nas bombas de gasolina eram invulgarmente longas e os habitantes abasteciam-se de água, observaram os jornalistas da AFP.

Os ciclones desenvolvem-se habitualmente no Oceano Índico entre novembro e março, mas este ano, as águas superficiais da região estão próximas dos 30°C, o que fornece mais energia às tempestades, um fenómeno de aquecimento global também observado este outono no Atlântico Norte e no Pacífico.

Leia Também: EUA anunciam ajuda de 435 mil euros a vítimas de 'Chido' em Moçambique

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