"Convidámos o Afeganistão, mas nenhum representante do governo decidiu comparecer, estando apenas presentes alguns afegãos que trabalham para organizações internacionais", disse hoje à AFP o ministro da Educação do Paquistão, Khalid Maqbool Siddiqui, no arranque desta cimeira que decorre em Islamabad.
Uma das presenças na cimeira é a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, vencedora do Prémio Nobel da Paz, que disse hoje estar "comovida e feliz" por regressar ao seu país para participar no evento.
"Estou verdadeiramente honrada e feliz por estar de volta ao Paquistão", disse à AFP a ativista, que vive no Reino Unido desde 2012 após ter sobrevivido a uma bala disparada à cabeça por talibãs, no Paquistão, quando seguia num autocarro escolar.
Malala tornou-se num símbolo reconhecido internacionalmente de resistência aos esforços dos talibãs em negar educação e outros direitos às mulheres.
A cimeira de dois dias tem por tema central a educação das raparigas nas comunidades muçulmanas, reunindo na capital paquistanesa ministros e embaixadores de 44 países, bem como representantes das Nações Unias e do Banco Mundial.
De acordo com uma declaração do governo paquistanês, a cimeira confirmará "o compromisso partilhado pela comunidade muçulmana de empoderar as raparigas através da educação".
O Afeganistão, vizinho do Paquistão, é o único país do mundo onde as raparigas e mulheres não têm autorização para frequentar o ensino secundário ou superior, havendo apenas permissão para frequentarem o ensino primário.
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