Uigures detidos na Tailândia enfrentam deportação e perseguições na China

Um grupo de homens uigures que foram detidos na Tailândia há mais de uma década dizem que o governo tailandês está a preparar a sua deportação para a China, receando riscos de tortura e abuso se tal suceder.

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Lusa
11/01/2025 08:19 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

China

Numa carta citada pela Associated Press, 43 homens uigures detidos em Banguecoque fizeram um apelo público para travar o que chamaram de ameaça iminente de deportação.

 

"Podemos ser presos e podemos mesmo perder as nossas vidas", lê-se na carta. "Apelamos urgentemente a todas as organizações internacionais e países que se preocupam com os direitos humanos a intervir imediatamente para nos salvar desse destino trágico, antes que seja tarde demais", acrescenta.

Os uigures são uma etnia turca, maioritariamente muçulmana, nativa da região de Xinjiang, no extremo oeste da China.

De acordo com organizações de defesa dos Direitos Humanos, pelo menos um milhão de uigures e membros de outras minorias de origem muçulmana estão ou foram enviados para campos de detenção em Xinjiang, e colocados sob vigilância apertada das autoridades.

Mais de 300 uigures foram detidos em 2014 pelas autoridades tailandesas, junto à fronteira com a Malásia. Em 2015, a Tailândia deportou 109 detidos para a China, contra a sua vontade, provocando protestos internacionais.

Outros 173 uigures, a maioria mulheres e crianças, foram enviados para a Turquia, ficando 53 detidos em centros dos serviços de imigração, tentando conseguir asilo. Desde então, morreram cinco pessoas, incluindo duas crianças.

Dos 48 que ainda se encontram detidos pelas autoridades tailandesas, cinco estão a cumprir penas de prisão após uma tentativa frustrada de fuga, não sendo ainda claro se enfrentam o mesmo destino dos que estão detidos nos centros de imigração.

Familiares e defensores dos diretos humanos têm relatado a falta de condições nestes centros, onde, dizem, a comida é escassa, as celas estão sobrelotadas e os detidos proibidos de contactar com a família, advogados ou organizações internacionais.

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