Chefe pró-russo em Zaporíjia morre em explosão no seu carro
O chefe pró-russo da administração da cidade ucraniana de Mikhailovka, na região de Zaporíjia (Zaporizhzhya), Ivan Sushko, morreu hoje quando um engenho explosivo explodiu no seu carro, de acordo com as autoridades russas na região.
© Reuters
Mundo Ucrânia
"O dia 24 de agosto de 2022 ficará na história de Mikhailovka e de toda a região de Zaporíjia como uma data trágica. Neste dia, Ivan Sushko morreu como resultado de uma explosão deliberada do seu carro pelos terroristas do (Presidente ucraniano, Volodymyr) Zelensky", escreveu Vladimir Rogov, membro do conselho pró-Rússia da província ucraniana, na sua conta da rede social Telegram.
De acordo com membros do conselho provincial nomeados pelo Kremlin, câmaras de vigilância capturaram o momento da explosão do carro, em que Sushko viajava com a filha adotiva, quando a levava para o infantário.
"Felizmente a menina sobreviveu e não ficou gravemente ferida", acrescentou Rogov.
O porta-voz da administração região de Zaporíjia disse que Sushko era um "patriota devoto da sua terra natal e acreditava no futuro, ao lado da Rússia".
"Este jovem foi um dos primeiros a juntar-se a nós na luta contra o fascismo, contra o nacionalismo ucraniano. Infelizmente, os terroristas apanharam-no, colocando um explosivo debaixo do seu carro", disse Yevgeni Balitski, membro da administração regional nomeada pela Rússia.
"Os inimigos que hoje agem contra o povo da Ucrânia, contra os habitantes da região libertada de Zaporíjia serão encontrados e punidos", prometeu Balitski.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
Na guerra, que hoje entrou no seu 181.º dia, a ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.
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