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UE condena "mais um ataque hediondo da Rússia contra civis"

A União Europeia (UE) condenou hoje o bombardeamento de uma estação ferroviária na região de Dnipropetrovsk, na Ucrânia, na quarta-feira, acusando Moscovo de ter perpetrado "mais um ataque hediondo" contra civis e garantindo que os responsáveis serão punidos.

UE condena "mais um ataque hediondo da Rússia contra civis"
Notícias ao Minuto

11:47 - 25/08/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"A UE condena veementemente mais um ataque hediondo da Rússia contra civis, em Chaplino, no Dia da Independência da Ucrânia", escreveu o Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, na sua conta oficial na rede social Twitter.

Borrell acrescenta na publicação que "os responsáveis pelo terror dos 'rockets' russos serão responsabilizados".

O ataque lançado na quarta-feira pelas forças russas contra a estação ferroviária de Chaplino provocou pelo menos 25 mortos, segundo um novo balanço das autoridades ucranianas hoje divulgado.

O anterior balanço dava conta de 22 mortos.

As mesmas fontes precisaram que entre as 25 vítimas mortais constam dois menores e que outras 31 pessoas ficaram feridas no ataque, que foi denunciado, na quarta-feira, pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, quando intervinha, por videoconferência, numa reunião do Conselho de Segurança da ONU.

Também hoje, o chefe da diplomacia da UE recorreu à rede social Twitter para condenar a detenção de mais um ativista russo por se manifestar contra a guerra, Yevgeny Roizman, uma das figuras da oposição mais visíveis e carismáticas na Rússia, detido na quarta-feira sob a acusação de desacreditar os militares russos.

"A UE condena a detenção do ativista político russo Roizman por criticar a guerra da Rússia contra a Ucrânia. Este é mais um ato de opressão pelo Kremlin, após meio ano da invasão da Ucrânia. A UE apela à sua libertação imediata e incondicional", escreveu Josep Borrell.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

Na guerra, que hoje entrou no seu 183.º dia, a ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.

Leia Também: Borrell espera que Turquia influencie a Rússia para terminar guerra

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