Ucrânia denuncia 379 crianças mortas e 733 feridas por ataques russos

A Procuradoria para a Infância da Ucrânia denunciou hoje que, pelo menos, 379 crianças morreram e cerca de 733 ficaram feridas em ataques realizados pela Rússia desde o início da invasão da Ucrânia, no final de fevereiro.

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Lusa
28/08/2022 19:41 ‧ 28/08/2022 por Lusa

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Ucrânia

 

A maioria das vítimas infantis, contando mortes e ferimentos, foi registada na região de Donetsk, com 388; Kharkov, com 202; a região da capital, Kyiv, com 116; Chernigov (68); região de Lugansk (61); Kherson (55); Mikolaiv (67); Zaporijia (44); Sumy (17) e Zhytomyr (15).

O Ministério Público denunciou que os ataques russos também destruíram 2.328 estabelecimentos de ensino, das quais 289 ficaram completamente destruídos.

De acordo com o mais recente balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, divulgado na passada segunda-feira, quase 5.600 civis ucranianos morreram e quase 7.900 ficaram feridos como resultado da invasão russa.

Nesse mesmo balanço, a ONU contabilizou 362 crianças mortas e 610 feridas, desde o início da guerra, mas tanto as Nações Unidas como o Ministério Público ucraniano temem que esses dados sejam inferiores aos números reais, dada a dificuldade de coligir informações durante o conflito.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

Leia Também: Guerra continua a dominar agenda da UE nas reuniões de 'rentrée'

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