Os combatentes da Al-Qaeda na Península Arábica atacaram posições das forças separatistas do sul, conhecidas como Cintura de Segurança, na província de Abyan.
Os confrontos, que duraram cerca de três horas, "mataram 21 soldados, incluindo um oficial, e seis combatentes da Al-Qaeda", de acordo com um funcionário do Governo.
O conflito que devasta o Iémen desde 2014 opõe forças governamentais, apoiadas por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita, contra rebeldes houthis, ligados ao regime do Irão.
Os insurgentes controlam a capital, Sana, e grandes extensões de território no norte e no oeste do país.
Mas o campo anti-houthi inclui forças desorganizadas, como os combatentes separatistas que foram mortos hoje, que pertencem à força chamada Cintura de Segurança, treinada e equipada pelos Emirados Árabes Unidos, que aspira a criar um Iémen do Sul independente, como acontecia até 1990.
A Cintura de Segurança é responsável por proteger as regiões do sul, que, com acesso ao mar, são de particular interesse dos Emirados Árabes Unidos.
O caos causado pela guerra tem beneficiado a criação de grupos armados, incluindo aqueles ligados à Al-Qaeda, que realizou ataques contra os houthis e contra as forças do Governo.
As forças da Cintura de Segurança garantiram ter lançado, há poucos dias, "uma grande campanha militar de luta contra o terrorismo em Abyan".
A guerra no Iémen, o país mais pobre da Península Arábica, já provocou centenas de milhares de mortes e milhões de deslocados, com dois terços da população a precisar de ajuda humanitária, segundo a ONU.
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