Cinco mortos em ataque a veículos em que seguia senador na Nigéria
Cinco pessoas foram mortas no domingo quando um comboio de veículos em que seguia um senador da oposição foi atacado no sudeste da Nigéria, numa região abalada pela violência e tensões separatistas, anunciou hoje a polícia.
© Getty Imagens
Mundo Nigéria
Os pistoleiros abriram fogo contra o comboio de veículos de Ifeanyi Ubah, senador de um partido marginal, o Partido dos Jovens Progressistas, no estado de Anambra.
"Dois polícias que o escoltavam, dois dos seus ajudantes civis e um transeunte foram mortos no ataque", disse o porta-voz da polícia estatal Tochukwu Ikenga, citado pela agência France-Presse. Dois outros membros da escolta policial foram feridos e levados para o hospital, acrescentou.
O senador escapou "ileso", disse, indicando que está em curso uma investigação para encontrar os agressores e determinar o seu motivo.
O ataque, que ocorreu cinco meses antes das eleições presidenciais e parlamentares, ainda não foi reivindicado.
O sudeste da Nigéria tem sido flagelado por um recrudescimento da violência, imputado pelas autoridades ao Movimento Independente dos Povos Indígenas de Biafra (Ipob).
O Ipob, que procura o renascimento de um estado separado para o grupo étnico Igbo, tem negado repetidamente qualquer responsabilidade pela violência.
Os ataques direcionados já mataram mais de 100 polícias e outras forças de segurança na região desde o início do ano, de acordo com relatos dos meios de comunicação locais.
As prisões também foram invadidas, resultando na libertação de muitos prisioneiros e em múltiplos roubos de armas, tal como os escritórios da comissão eleitoral nacional.
O líder do Ipob, Nnamdi Kanu, foi preso pelo Governo e acusado de traição, depois de ter sido detido no estrangeiro e transportado de volta para a Nigéria.
O separatismo é uma questão sensível na Nigéria, especialmente no sudeste, onde a proclamação da independência de uma República de Biafra levou a uma guerra civil de 30 meses, entre 1967 e 1970. Mais de um milhão de pessoas morreram no conflito, na maioria devido à fome e à doença.
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