Zelensky volta a sugerir que Rússia seja declarado "Estado terrorista"
O presidente de Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a sugerir hoje que a Rússia seja declarado um "Estado terrorista" por praticar o terror radioativo, energético e da fome durante a guerra.
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Mundo Ucrânia
Nesta perspetiva, defendeu que a Ucrânia necessita de fortalecer a "cooperação com a comunidade internacional para vencer o terror russo", e insistiu que a Rússia "deve ser designada um Estado terrorista".
No seu habitual discurso noturno, o Presidente ucraniano considerou que a Rússia promove um "terror de radiação" na central nuclear de Zaporíjia pela "presença de tropas russas na fábrica, as constantes provocações russas e o bombardeamento do território da fábrica que colocaram a Ucrânia e a Europa à beira de um desastre radioativo".
Moscovo tem negado estas acusações, e hoje indicou que o exército ucraniano está a preparar uma "grande ofensiva" para tentar recuperar a central nuclear.
Ao referir-se ao "terror energético da Rússia", lamentou que muitos cidadãos do mundo "estejam a sofrer devido ao doloroso aumento dos preços dos recursos energéticos, da eletricidade, do calor".
Numa referência particular ao "terror da fome", assinalou tratar-se de uma tática "muito cínica e completamente deliberada da Rússia (...) não apenas dirigida contra os países pobres como contra as regiões do mundo que podem originar uma nova vaga de refugiados em direção à Europa" e "provocar uma grave crise migratória na Europa".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de sete milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que entrou hoje no seu 201.º dia, 5.827 civis mortos e 8.421 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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