Eleições em Itália? A "direita vence quando alimenta o medo"
O ex-primeiro-ministro e líder do Partido Democrata (PD, centro-esquerda), Enrico Letta, declarou hoje que não disputará a liderança do partido no próximo congresso partidário, que avaliará a derrota nas eleições gerais de domingo em Itália.
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Letta afirmou que, apesar de ter obitdo apenas 19% dos votos em comparação com os 22% nas sondagens pré-eleitorais, o PD "fará uma oposição forte e intransigente" à coligação de direita liderada por Giorgia Meloni, do partido Irmãos da Itália (FdI), vencedora das eleições.
Letta disse que é um dia "triste" devido à vitória da direita nas eleições de domingo.
"Os homens e mulheres italianos escolheram, [fizeram] uma escolha clara e definida, o país terá um governo de direita (...). Hoje é um dia triste para a Itália e a Europa", declarou Letta.
O líder do PD avaliou que será necessária uma "análise profunda" da derrota eleitoral e ainda que "a direita vence quando alimenta o medo".
De acordo com resultados parciais, a coligação de direita e extrema-direita - liderada pelo FdI e que reúne ainda a Liga, de Matteo Salvini, e o partido conservador Força Italia, de Silvio Berlusconi - obteve cerca de 43% dos votos nas legislativas de domingo em Itália.
O partido Irmãos de Itália, liderado por Giorgia Meloni, foi fundado em 2012 e tem raízes no Movimento Social Italiano (MSI), fundado pelos seguidores do ditador fascista Benito Mussolini.
Giorgia Meloni deverá ser a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra em Itália.
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