"Estamos a tributar demasiado o comércio e estamos a tributar muito pouco a riqueza", disse o presidente, no primeiro discurso feito perante o parlamento, no qual explicou que reforma fiscal será feita para "responder às necessidades da economia".
O novo sistema fiscal "deve ser justo e eficiente" e "a carga fiscal deve refletir a capacidade de pagamento" de cada contribuinte, disse o chefe de Estado, um antigo vendedor de frangos que começou do nada e é agora o detentor de uma das maiores fortunas do país.
No discurso, citado pela agência France-Presse, o novo chefe do Estado também prometeu enfrentar a dívida, que aumentou seis vezes desde 2013, para cerca de 70 mil milhões de dólares.
"A nossa situação financeira não é muito boa", reconheceu Ruto, que serviu durante nove anos como vice-presidente do seu antecessor, Uhuru Kenyatta.
O Quénia, um país da África Oriental com cerca de 50 milhões de habitantes, é a maior potência económica da região, mas um terço da sua população vive abaixo do limiar da pobreza.
A inflação atingiu oficialmente 8,5% em agosto, a mais alta dos últimos cinco anos.
Os preços dos combustíveis subiram significativamente em meados deste mês, depois de o governo ter decidido cortar drasticamente os subsídios aos combustíveis, o que motivou protestos por parte da população.
De acordo com um relatório publicado no início deste ano pela organização não-governamental britânica Oxfam, os dois quenianos mais ricos do país têm tanto dinheiro quanto os 16,5 milhões de pessoas mais pobres.
Leia Também: Ilhas africanas de língua portuguesa reavivam literatura infantojuvenil