Morreu palestiniano de 12 anos alvejado sábado em 'raid' israelita

Um rapaz palestiniano de 12 anos morreu hoje depois de ter sido baleado por soldados israelitas num 'raid' do exército durante o fim de semana, num campo de refugiados na Cisjordânia, indicou o Ministério da Saúde palestiniano.

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© Getty Images

Lusa
10/10/2022 16:21 ‧ 10/10/2022 por Lusa

Mundo

Cisjordânia

Mahmud Samudi foi ferido a tiro no abdómen no sábado, durante um ataque do exército israelita a Jenin, um campo de refugiados e bastião de palestinianos armados.

Durante o 'raid', soldados entraram no campo e cercaram uma casa. Em vídeos que circulam nas redes sociais, ouvem-se trocas de tiros. Na altura, responsáveis palestinianos da área da Saúde disseram que dois adolescentes, de 16 e 18 anos, tinham sido mortos e que mais 11 pessoas haviam ficado feridas.

O exército israelita não reagiu ainda aos pedidos de comentário sobre a morte do menino de 12 anos.

Israel tem realizado ataques noturnos por toda a Cisjordânia para pôr termo a uma série de ataques a israelitas na primavera que fizeram 19 mortos. O exército indicou ter seguido o rasto de alguns dos autores de tais ataques até Jenin.

Fogo israelita matou mais de 100 palestinianos durante esse período, fazendo de 2022 o ano mais mortal naquele território ocupado desde 2015.

Os militares israelitas afirmam que a grande maioria dos palestinianos que foram mortos eram ativistas ou manifestantes violentos que punham em perigo os soldados. Mas vários civis foram igualmente mortos durante esta operação de Israel, que dura há meses, incluindo uma jornalista veterana e um advogado que inadvertidamente entraram, seguindo numa viatura, numa zona de combate.

Jovens locais que saíram à rua para protestar contra a invasão dos seus bairros pelos militares israelitas também foram mortos.

Israel diz que estas operações de captura se destinam a desmantelar redes de ativistas. Os palestinianos dizem que tais operações têm como objetivo fortalecer a ocupação militar israelita que dura há 55 anos de territórios que eles querem para instituir um Estado independente.

Leia Também: ONU alarmada com aumento dos confrontos armados na Cisjordância ocupada

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