Para justificar o seu apelo, Kuleba lembrou "os inúmeros casos de destruição causados por 'drones' iranianos à infraestrutura civil da Ucrânia, as mortes e sofrimentos causados ao povo, bem como o surgimento de informações sobre a possível continuação do fornecimento de armas do Irão à Rússia".
Para o chefe da diplomacia ucraniana, é evidente que Teerão forneceu aviões não tripulados à Rússia "enquanto diz que é contra a guerra e não apoia nenhuma das partes".
Nos últimos dias, Kiev denunciou repetidamente o uso de 'drones' de fabrico iraniano por parte das forças russas, para atacar a infraestrutura civil de energia na Ucrânia.
"As ações do Irão são maldades e mentiras que não podemos tolerar", criticou Kuleba, dizendo que "Teerão fica com total responsabilidade pelo corte das relações com a Ucrânia".
Ainda assim, Dmytro Kuleba prometeu reconsiderar esta posição "se o Irão parar de fornecer armas à Rússia".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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