Líderes da UE pedem cooperação à nova primeira-ministra italiana
Os dirigentes das instituições europeias felicitaram hoje Giorgia Meloni como primeira-ministra de Itália e por ser a primeira mulher a ocupar este cargo, pedindo à líder do partido de extrema-direita 'Irmãos de Itália' uma "cooperação construtiva".
© Lusa
Mundo Itália
"Parabéns Geórgia pela sua nomeação como primeira-ministra italiana, a primeira mulher a ocupar o cargo", disse a presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula Von der Leyen, que em 2019 também se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe do executivo europeu.
"Conto e espero uma cooperação construtiva com o novo Governo relativamente aos desafios que enfrentamos em conjunto", acrescentou Von der Leyen.
Na mesma linha, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou: "Vamos trabalhar juntos e benefício da Itália e da União Europeia".
O ex-primeiro-ministro belga também felicitou Meloni por ser a primeira mulher a assumir aquelas funções em Itália, assim como a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
"A Europa precisa da Itália. Juntos superaremos todas as dificuldades", disse Metsola, que desejou um "bom trabalho" à nova primeira-ministra italiana.
A presidente do Parlamento Europeu sublinhou ainda que a "Europa enfrenta enormes desafios" e pediu para permanecer "unida e decidida" no apoio aos cidadãos europeus e a Ucrânia.
A líder dos Irmãos de Itália (de extrema-direita), Giorgia Meloni, tomou hoje posse como primeira-ministra, perante o Presidente da República, Sérgio Mattarella, numa cerimónia que teve lugar no Salão das Festas do Palácio do Quirinal, em Roma.
A posse dos ministros terá lugar no domingo.
Do total de 24 ministérios e um subsecretário da Presidência (Alfredo Mantovano) que integram o Governo de Meloni, oito serão para o seu partido, quatro para a Liga e seis para o Força Itália, ao passo que seis serão ocupados por técnicos.
A passagem do poder entre Draghi e Meloni decorrerá no domingo às 08:30 TMG (09:30 de Lisboa) no palácio Chigi, sede do Governo, seguindo-se-lhe o primeiro conselho de ministros.
Eurocética notória, Meloni desistiu de fazer campanha pela saída de Itália do euro, mas prometeu defender mais os interesses do seu país em Bruxelas -- numa altura em que o crescimento depende dos quase 200 mil milhões de euros de subsídios e empréstimos concedidos pela UE a Itália, no âmbito do seu fundo de recuperação pós-pandemia de covid-19.
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