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"É o maior privilégio da minha vida servir o partido e o Reino Unido"

No seu primeiro discurso como líder do Partido Conservador - e futuro primeiro-ministro -, Sunak elogiou Liz Truss pelo seu "serviço público" e fez promessas de estabilidade, reconhecendo que o Reino Unido enfrenta "um desafio económico profundo".

"É o maior privilégio da minha vida servir o partido e o Reino Unido"
Notícias ao Minuto

16:13 - 24/10/22 por Hélio Carvalho

Mundo Reino Unido

Cerca de duas horas depois de Penny Mordaunt desistir da corrida e abrir o caminho para a vitória de Rishi Sunak, o novo líder do Partido Conservador prometeu, esta segunda-feira, que irá devolver alguma estabilidade ao Reino Unido, depois de três meses de reboliço político e económico.

Num discurso muito curto, de cerca de um minuto e meio, Sunak disse que ser primeiro-ministro e ser eleito líder dos conservadores é "o maior privilégio" da sua vida.

Admitindo que os Tories não têm sido o grupo mais unido, especialmente durante o curto mandato de Liz Truss, o novo líder prometeu que será a sua "prioridade a estabilidade e união do partido e do país", entendo que essa união é "a única forma de ultrapassar os desafios".

"O Reino Unido é um grande país, mas não há dúvidas de que enfrentamos um desafio económico profundo", acrescentou ainda Sunak, referindo a forte crise energética e económica que tem obrigado milhões de britânicos a gerir o uso de eletricidade e as compras.

Sunak deixou ainda uma palavra de apreço a Liz Truss, a anterior líder, agradecendo-a pelo seu "serviço público dedicado" sob "circunstâncias excecionalmente difíceis".

Esta segunda-feira, Sunak conseguiu reunir os apoios suficientes por parte dos parlamentares conservadores para garantir a vitória, e o presidente do Comité 1922 (o grupo parlamentar conservador, Graham Brady, confirmou que a única candidatura válida tinha sido a do antigo ministro das Finanças.

O novo líder dos Tories deverá ser empossado nos próximos dias pelo rei Carlos II como primeiro-ministro do Reino Unido - o segundo em menos de dois meses, depois da demissão abrupta de Liz Truss ao fim de 45 dias.

O rei, adianta a imprensa britânica, está a regressar a Londres, mas Sunak não deve tomar posse esta segunda-feira.

De recordar que a recente crise política no Reino Unido surgiu depois de Liz Truss, que entrou para a história como a primeira-ministra que passou menos tempo em Downing Street, se demitir, perante uma revolta dentro do Partido Conservador e os vários erros na gestão da crise económica e energética que o país atravessa.

Truss foi eleita primeira-ministra pelo Partido Conservador, vencendo a corrida à liderança precisamente contra Rishi Sunak. O antigo ministro das Finanças consegue, finalmente, subir ao topo do Governo e do partido, ultrapassando as recentes tentativas de Penny Mordaunt e Boris Johnson, que terminou as férias mais cedo para tentar regressar ao 'número 10'.

Do outro lado do Parlamento, o Partido Trabalhista, o maior partido de oposição, tem criticado duramente a crise política provocada pelos conservadores, repudiando que Sunak e Truss tenham chegado ao cargo de primeiro-ministro sem passarem pelo carimbo do eleitorado.

Desde a demissão de Liz Truss que os trabalhistas e todo o resto da oposição tem pedido eleições antecipadas, e o apelo vem também da Escócia, onde Nicola Sturgeon, a primeira-ministra, já reagiu à eleição de Sunak.

"Ele deve convocar eleições antecipadas. E ele não deve, não deve, soltar mais uma ronda de austeridade. Os nossos serviços públicos não suportam isso", disse Sturgeon no Twitter, congratulando ainda Sunak por ser o primeiro primeiro-ministro de origem asiática.

[Notícia atualizada às 16h33]

Leia Também: Quem é Rishi Sunak, que conseguiu ser primeiro-ministro à 2.ª tentativa?

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