Conforme explicou o porta-voz do Governo polaco, Radoslaw Fogiel, em conferência de imprensa, citado pela EFE, "há conversações com os franceses", referindo-se à empresa francesa EDF, mas o acordo alcançado com a Coreia do Sul confirma a preferência de parceiros não europeus para os projetos de centrais nucleares.
Do lado dos EUA, a oferta foi feita pela empresa Westinghouse, cujos porta-vozes estimaram um custo de cerca de 40.000 milhões de euros para a central nuclear, com a construção a ter início em 2026 e início de operação previsto para 2033.
A ministra do Clima e Energia polaca, Anna Moskwa, informou na segunda-feira que já recebeu toda a documentação necessária dos EUA e garantiu que, uma vez concluída a construção das duas centrais, a Polónia vai deixar de emitir oito milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano.
A oferta dos EUA, cujos detalhes foram entregues recentemente ao governo polaco, consistia na construção de duas entrais com três reatores cada e uma produção conjunta de 6,6 gigawatts (GW).
A sul-coreana KHNP apresentou uma proposta para construir as duas centrais, cada uma com capacidade para produzir 4,2 GW, através de três reatores.
A proposta francesa previa a construção de duas centrais com entre quatro e seis reatores no total e uma capacidade de produção entre 6,6 e 9,9 GW.
Com a adoção da energia nuclear, a Polónia inicia a parte mais importante da transição para fontes de energia "limpas" e espera substituir grande parte dos 33 GW de eletricidade que obtém do carvão, anualmente.
Segundo a EFE, na imprensa polaca têm sido publicadas críticas de alguns especialistas à escolha da Westinghouse como fornecedora nuclear da Polónia, uma vez que esta empresa declarou falência em 2017, devido ao aumento dos custos de outras duas centrais nucleares em construção nos EUA.
A localização da primeira central foi decidida em março e o local escolhido foi Choczewo, uma cidade no norte do país com cerca de 5.000 habitantes, na costa do Báltico.
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