"As sanções impedem-nos de ter contas bancárias para pagar as nossas taxas, as nossas obrigações, na Organização das Nações Unidas, e tiraram-nos do sistema de votação. Temos o direito de falar, mas não temos o direito de votar. (...) Já pedi ao secretário-geral (...) para resolver esse problema", disse Maduro num discurso transmitido pelo canal estatal VTV.
O chefe de Estado venezuelano assegurou que é uma "obrigação" e "um dever" de Guterres "resolver" que o país caribenho, "tendo os recursos e o dinheiro, possa ter conta bancária para pagar e ter direito a voto".
Maduro destacou que a Venezuela não pôde votar na quinta-feira a favor do embargo dos Estados Unidos contra Cuba -- um recurso que recebeu 185 votos a favor --, embora tenha exercido "plenamente" o seu direito de voz.
"A Venezuela ficou lá com sua verdade, com sua voz bolivariana, para dizer: 'Estamos com Cuba, somos contra o bloqueio criminoso de 60 anos que martirizou, torturou e perseguiu Cuba'", disse.
E prosseguiu: "Grande vitória de Cuba. É uma vitória (...) que dá a Cuba razão plena e absoluta para que o império dos Estados Unidos termine os seus mecanismos criminosos de perseguição".
Em janeiro, o então ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Félix Plasencia, denunciou que, devido às sanções norte-americanas, o país caribenho não conseguiu "honrar o compromisso financeiro internacional" e pagar a taxa de adesão à ONU correspondente a 2021.
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