"Continuaremos a apoiar a Ucrânia enquanto for necessário, não a vamos abandonar quando mais precisa", disse Sánchez, em Kyiv.
O líder do Governo de Espanha participou hoje em Kyiv num cimeira organizada pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no dia em que se assinalam três anos da guerra iniciada com a invasão da Ucrânia pela Rússia.
O novo pacote de ajuda à Ucrânia anunciado hoje por Sánchez soma-se a um outro, também de 1.000 milhões de euros, anunciado pelo Governo de Espanha em maio do ano passado, quando os dois países assinaram um Acordo Bilateral de Segurança e Defesa.
"Espanha está comprometida com a soberania total da Ucrânia. Só a Ucrânia pode decidir sobre o seu futuro", disse Sánchez, que voltou a sublinhar que "a Ucrânia tem de estar presente na mesa de negociações" para a paz, assim como a União Europeia, "para que a paz seja sustentável".
Sem referir declarações do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a Ucrânia, ou o início de conversações sobre a paz no país entre norte-americanos e russos, excluindo os ucranianos, Sánchez afirmou ainda que "os crimes de guerra cometidos pela Rússia" nestes três anos de guerra "não podem ficar impunes", referindo uma "violação sistemática dos princípios mais básicos dos direitos humanos" na Ucrânia.
Na intervenção na cimeira de Kyiv, transmitida nas redes sociais, o líder do Governo de Espanha considerou ser também necessário "garantir que a Ucrânia se une à União Europeia o mais depressa possível".
"Independentemente do que acontecer nos próximos meses, a adesão da Ucrânia à UE seria a vitória mais importante para o povo ucraniano. A esperança da Ucrânia está na Europa, mas a esperança da Europa também está na Ucrânia", afirmou Sánchez, para quem os ucranianos estão a dar esperança aos europeus com a defesa que estão a fazer "das ideias de liberdade por que muitos europeus deram a vida no passado".
Reconhecendo que há "meses difíceis pela frente" no imediato, Sánchez acrescentou estar porém convencido de que "a liberdade e a democracia prevalecerão" na Ucrânia e derrotarão "a violência e os autoritarismos".
Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou hoje um novo pagamento à Ucrânia de 3,5 mil milhões de euros em março, quando o bloco comunitário já mobilizou 134 mil milhões, prometendo a entrega imediata de mais armas e munições.
Ursula von der Leyen esteve também hoje em Kyiv, na Cimeira Internacional de Apoio à Ucrânia, acompanhada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, e 23 membros do colégio de comissários.
Na cimeira participaram 13 líderes estrangeiros presencialmente, enquanto outros 24 participam remotamente.
A Ucrânia assinala hoje o terceiro aniversário do início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, que desencadeou uma guerra com um balanço de perdas humanas e materiais de dimensão ainda não inteiramente apurada.
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