Dois anos depois das eleições presidenciais de 2020, o clima de polarização nos Estados Unidos da América intensificou-se ainda mais e o país está mais dividido que nunca. Apesar do Partido Republicano partir em vantagem na maioria das sondagens, a margem é tão curta que qualquer cenário está em cima da mesa, sendo que os conservadores esperam fazer o 'pleno' nas duas câmaras do Congresso.
Num sufrágio crucial para a governação dos próximos dois anos, uma grande maioria dos candidatos republicanos não acredita na legitimidade da última votação e, por todos os estados, já há pedidos para contestar qualquer resultado que não seja favorável. A proteção da Democracia tem sido o tema dominante nesta campanha: se, por um lado, os democratas têm avisado para o perigo antidemocrático de uma vitória republicana, a direita espera que o ceticismo e o legado populista de Donald Trump cause sérios constrangimentos aos últimos dois anos de mandato de Joe Biden.
Com um ambiente (mais uma vez) tenso na chegada às urnas e na contagem dos votos, recheado de desinformação, ameaças e dúvidas, mais de 200 milhões de eleitores norte-americanos vão hoje a votos com o direito ao aborto, a inflação, a imigração, entre outros temas, a influenciarem a decisão para eleger 435 congressistas, 35 senadores, 36 governadores estatais, três governadores de territórios norte-americanos (Guam, Ilhas Marianas e Ilhas Virgens), 129 referendos e milhares de cargos autárquicos e para secretários de estado, procuradorias-gerais, departamentos policiais, magistrados, e muitos (muitos) outros.