"Recuperámos 10 corpos do edifício até agora, mas não sabemos quantas pessoas moravam aqui. O número ainda pode aumentar. Continuamos a trabalhar no local", disse à agência noticiosa Efe a porta-voz da Força de Defesa Nacional das Maldivas, Hana Mohamed.
Nove das vítimas são imigrantes da Índia, um grupo que representava a maioria dos mais de 25 habitantes do prédio, segundo vizinhos.
"As condições de habitabilidade eram mínimas e apenas dava para dormirmos bem", disse à Efe Reema, um imigrante indiano que morava no prédio.
O coronel Ibrahim Rashhed, responsável pelos trabalhos de resgate, disse à imprensa que as chamas estão controladas, mas que os trabalhadores estão a encontrar problemas para trabalhar no interior do prédio devido ao tamanho reduzido do edifício.
A polícia evacuou os quatro prédios contíguos por medo de que o fogo se alastrasse e estabeleceu serviços especiais de habitação e assistência num campo de futebol próximo.
A causa do incêndio está a ser investigada, embora os serviços de resgate tenham informado que tiveram que ir à mesma casa em ocasiões anteriores por dois incêndios na garagem.
"Esta é uma notícia tão devastadora. Os imigrantes contribuem para o crescimento da nossa economia. Muitos são provavelmente trabalhadores indocumentados. Sem o direito a um salário mínimo ou segurança no emprego, até os seus salários provavelmente não foram pagos", lamentou na rede social Twitter o secretário-geral do Congresso Sindical das Maldivas, Fathimath Zimna.
O arquipélago das Maldivas é formado por 1.190 ilhas, das quais apenas 200 são habitadas, sendo metade delas dedicada exclusivamente ao turismo, a principal fonte de rendimento deste país localizado a sul da Índia.
Na congestionada capital, Malé, vivem, em menos de dois quilómetros quadrados, cerca de metade dos 350 mil habitantes do arquipélago.
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