"Esta tendência [dos ataques armados] para o sul quer dizer que cria mais desafios [para a segurança], temos que ter capacidade para poder trabalhar neste ambiente", disse Maleiane.
O governante falava numa reunião com os órgãos de governação descentralizada da província de Cabo Delgado.
Adriano Maleiane avançou que as comunidades e autoridades devem aumentar a vigilância visando impedir o alastramento da ação de grupos armados.
Apesar da persistência da violência, o primeiro-ministro declarou que o sucesso no combate aos insurgentes permitiu a restauração da normalidade em vários distritos da província de Cabo Delgado e a dinamização de ações de desenvolvimento social e económico nas zonas que nunca foram atacadas pelos rebeldes.
"Não obstante este quadro em termos de segurança, o que estão a fazer, estão a fazer muito bem", enfatizou.
A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada promovida por rebeldes, com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
A insurgência levou a uma resposta militar desde há um ano com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.
Em cinco anos, o conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
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