Reino Unido oferece ajuda à Polónia para investigar explosão

O Reino Unido disponibilizou hoje ajuda "técnica ou prática" à Polónia para investigar as circunstâncias da explosão de um míssil que matou duas pessoas na terça-feira, prometendo uma resposta "determinada pelos factos", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, James Cleverly. 

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Lusa
16/11/2022 15:23 ‧ 16/11/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Numa declaração no Parlamento sobre o incidente, Cleverly disse que "os pormenores todos não estão completos", mas citou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, que disse "não haver indicação de que a explosão foi o resultado de um ataque deliberado" da Rússia. 

"A Polónia vai liderar a investigação para estabelecer o que aconteceu realmente e o Reino Unido está pronto para disponibilizar qualquer assistência técnica ou prática", afirmou Cleverly, que se recusou a fazer "juízos precipitados". 

"A nossa resposta será sempre determinada pelos factos. Mas não deve haver dúvida de que a única razão pela qual mísseis estão a voar nos céus europeus e a explodir em aldeias europeias é por causa da invasão cruel da Ucrânia pela Rússia", vincou.

Numa conferência de imprensa hoje em Bruxelas, onde a NATO tem sede, Jens Stoltenberg disse que "a nossa análise preliminar sugere que o incidente foi provavelmente causado por um míssil de defesa aérea ucraniano disparado para defender o território ucraniano contra ataques de mísseis de cruzeiro russos".    

O Presidente polaco, Andrzej Duda, admitiu hoje que o míssil que matou dois trabalhadores agrícolas na Polónia, na terça-feira, "tenha sido lançado pela Ucrânia" e que nada indica que tenha sido um "ataque intencional" de qualquer dos lados do conflito.

O incidente já tinha sido condenado pelo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que se encontra em Bali, na Indonésia, a participar na cimeira do G20. 

Além de discussões com líderes do G7 e com o presidente polaco, Sunak telefonou também ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em conjunto com o homólogo canadiano, Justin Trudeau, argumentando para a necessidade de uma investigação completa ao sucedido. 

Segundo uma porta-voz do Governo britânico, ambos "salientaram que, qualquer que seja o resultado dessa investigação, a invasão de [Vladimir] Putin da Ucrânia é diretamente responsável pela violência em curso".

A guerra na Ucrânia foi desencadeada pela Rússia em 24 de fevereiro deste ano, quando invadiu o país vizinho.

O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Bombardeamentos mostram “apenas a fraqueza” de Putin, diz James Cleverly

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