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Camberra saúda libertação de assessor australiano de Suu Kyi em Myanmar

O Ministério dos Negócios Estrangeiros australiano saudou hoje a libertação de Sean Turnell, assessor da ex-líder birmanesa Aung San Suu Kyi, na sequência de uma amnistia da junta militar que governa Myanmar (antiga Birmânia).

Camberra saúda libertação de assessor australiano de Suu Kyi em Myanmar
Notícias ao Minuto

08:30 - 17/11/22 por Lusa

Mundo Myanmar

"Congratulamo-nos com as notícias sobre o professor Sean Turnell", disse a ministra Penny Wong, numa breve mensagem escrita na rede social Twitter e na qual destacou que o economista australiano é "a primeira prioridade" do Governo de Camberra.

"Não faremos mais comentários neste momento", acrescentou a responsável pela diplomacia australiana.

Turnell, de 58 anos, é professor associado de Economia na Universidade Macquarie de Sydney, e foi detido pelas forças de segurança birmanesas num hotel, na cidade de Rangum, tendo sido condenado em setembro a três anos de prisão por violar a lei dos segredos oficiais e a lei de imigração de Myanmar.

O australiano era também assessor da ex-líder birmanesa Aung San Suu Kyi, detida durante o golpe militar, em 2021.

A junta militar de Myanmar anunciou esta manhã a libertação de 5.774 presos, numa amnistia para assinalar o Dia Nacional da Vitória.

Além de Sean Turnell, também o realizador japonês Toru Kubota, a diplomata Vicky Bowman e o botânico norte-americano Kyaw Htay foram amnistiados, de acordo com a agência de notícias Myanmar Now.

Kubota, realizador documental de 26 anos, foi detido em 30 de julho por polícias à paisana, também em Rangum, depois de, no ano passado, fazer imagens e vídeos de um protesto contra o golpe militar. Em outubro, foi condenado pelo tribunal prisional a dez anos de prisão por incitar à dissidência contra os militares e violar as leis de telecomunicações do país.

Vicky Bowman tem 56 anos e foi embaixadora do Reino Unido em Myanmar, tendo sido detida em agosto juntamente com o marido, um cidadão birmanês, que também será libertado agora, de acordo com a AFP. A diplomata foi condenada a um ano de prisão por crimes de imigração.

Kyaw, botânico dos EUA, de origem birmanesa, foi acusado de terrorismo e condenado a sete anos de prisão por alegados crimes contra o Estado.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros nipónico já confirmou ter sido informado da libertação de Kubota, mas não adiantou pormenores.

A embaixada britânica em Rangum, por seu lado, disse que Bowman ainda não saiu em liberdade.

Leia Também: Myanmar. Ex-deputado do partido de Suu Kyi condenado a 173 anos de prisão

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