Camberra saúda libertação de assessor australiano de Suu Kyi em Myanmar
O Ministério dos Negócios Estrangeiros australiano saudou hoje a libertação de Sean Turnell, assessor da ex-líder birmanesa Aung San Suu Kyi, na sequência de uma amnistia da junta militar que governa Myanmar (antiga Birmânia).
© Getty Images
Mundo Myanmar
"Congratulamo-nos com as notícias sobre o professor Sean Turnell", disse a ministra Penny Wong, numa breve mensagem escrita na rede social Twitter e na qual destacou que o economista australiano é "a primeira prioridade" do Governo de Camberra.
"Não faremos mais comentários neste momento", acrescentou a responsável pela diplomacia australiana.
Turnell, de 58 anos, é professor associado de Economia na Universidade Macquarie de Sydney, e foi detido pelas forças de segurança birmanesas num hotel, na cidade de Rangum, tendo sido condenado em setembro a três anos de prisão por violar a lei dos segredos oficiais e a lei de imigração de Myanmar.
O australiano era também assessor da ex-líder birmanesa Aung San Suu Kyi, detida durante o golpe militar, em 2021.
A junta militar de Myanmar anunciou esta manhã a libertação de 5.774 presos, numa amnistia para assinalar o Dia Nacional da Vitória.
Além de Sean Turnell, também o realizador japonês Toru Kubota, a diplomata Vicky Bowman e o botânico norte-americano Kyaw Htay foram amnistiados, de acordo com a agência de notícias Myanmar Now.
Kubota, realizador documental de 26 anos, foi detido em 30 de julho por polícias à paisana, também em Rangum, depois de, no ano passado, fazer imagens e vídeos de um protesto contra o golpe militar. Em outubro, foi condenado pelo tribunal prisional a dez anos de prisão por incitar à dissidência contra os militares e violar as leis de telecomunicações do país.
Vicky Bowman tem 56 anos e foi embaixadora do Reino Unido em Myanmar, tendo sido detida em agosto juntamente com o marido, um cidadão birmanês, que também será libertado agora, de acordo com a AFP. A diplomata foi condenada a um ano de prisão por crimes de imigração.
Kyaw, botânico dos EUA, de origem birmanesa, foi acusado de terrorismo e condenado a sete anos de prisão por alegados crimes contra o Estado.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros nipónico já confirmou ter sido informado da libertação de Kubota, mas não adiantou pormenores.
A embaixada britânica em Rangum, por seu lado, disse que Bowman ainda não saiu em liberdade.
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