Atentado em Istambul. 17 suspeitos em prisão preventiva e 29 deportados

Dezassete pessoas, incluindo a suposta autora do ataque que no domingo deixou seis mortos e 81 feridos em Istambul, ficarão a partir de hoje em prisão preventiva, enquanto outras 29 serão deportadas, segundo os 'media' oficiais locais.

Notícia

© Ozan Guzelce/ dia images via Getty Images

Lusa
18/11/2022 09:28 ‧ 18/11/2022 por Lusa

Mundo

Turquia

As autoridades turcas não disseram as nacionalidades das pessoas que serão deportadas, segundo a agência de notícias oficial Anadolu.

A Anadolu referiu que 49 detidos foram interrogados pelo Ministério Público e depois colocados à disposição do juiz, que decretou as medidas judiciais.

Outros três suspeitos permanecerão sob vigilância judicial e outros dois estão a ser interrogados.

Todos as pessoas que ficaram em prisão preventiva são acusadas de crimes como "destruição da unidade e integridade do Estado", "homicídio premeditado" ou "colaboração em homicídio".

De acordo com a agência Anadolu, a cidadã síria Ahlam Albashir, acusada de ter colocado a bomba na rua Istikal, no centro de Istambul, declarou que a ordem para viajar para a cidade veio da milícia curda síria Unidades de Proteção Popular (YPG), mas não lhe informaram o motivo, sublinhando ainda que ameaçaram prejudicar a sua família se não o fizesse.

Ahlam Albashir declarou ainda que percorreu por três vezes a zona do ataque e que não sabia que tinha uma bomba na mochila que lhe deram para colocar na rua.

No domingo passado, a cidadã síria pegou um táxi em direção ao centro da cidade com outros dos suspeitos - ambos ainda estão a ser procurados pelas autoridades -, e depois sentou-se num banco na rua Istikal, onde esperou 40 minutos até receber uma chamada a dizer para deixar a mochila e sair do local.

A YGP é considerada pela Turquia uma organização terrorista, mas que tem sido apoiada pelos Estados Unidos no combate contra o grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) na Síria.

Ancara tem acusado Washington de financiar e fornecer equipamento militar ao YPG.

A milícia curda síria, a principal formação das Forças Democráticas Sírias (FDS), instalados no norte e leste do país em guerra, e o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) já desmentiram qualquer envolvimento no atentado.

Para as autoridades turcas, o YPG constitui um prolongamento na Síria do PKK, a guerrilha curda considerada terrorista por Ancara, Estados Unidos e União Europeia.

Leia Também: Marcelo condena atentado em Istambul e envia condolências a Erdogan

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas