As autoridades turcas não disseram as nacionalidades das pessoas que serão deportadas, segundo a agência de notícias oficial Anadolu.
A Anadolu referiu que 49 detidos foram interrogados pelo Ministério Público e depois colocados à disposição do juiz, que decretou as medidas judiciais.
Outros três suspeitos permanecerão sob vigilância judicial e outros dois estão a ser interrogados.
Todos as pessoas que ficaram em prisão preventiva são acusadas de crimes como "destruição da unidade e integridade do Estado", "homicídio premeditado" ou "colaboração em homicídio".
De acordo com a agência Anadolu, a cidadã síria Ahlam Albashir, acusada de ter colocado a bomba na rua Istikal, no centro de Istambul, declarou que a ordem para viajar para a cidade veio da milícia curda síria Unidades de Proteção Popular (YPG), mas não lhe informaram o motivo, sublinhando ainda que ameaçaram prejudicar a sua família se não o fizesse.
Ahlam Albashir declarou ainda que percorreu por três vezes a zona do ataque e que não sabia que tinha uma bomba na mochila que lhe deram para colocar na rua.
No domingo passado, a cidadã síria pegou um táxi em direção ao centro da cidade com outros dos suspeitos - ambos ainda estão a ser procurados pelas autoridades -, e depois sentou-se num banco na rua Istikal, onde esperou 40 minutos até receber uma chamada a dizer para deixar a mochila e sair do local.
A YGP é considerada pela Turquia uma organização terrorista, mas que tem sido apoiada pelos Estados Unidos no combate contra o grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) na Síria.
Ancara tem acusado Washington de financiar e fornecer equipamento militar ao YPG.
A milícia curda síria, a principal formação das Forças Democráticas Sírias (FDS), instalados no norte e leste do país em guerra, e o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) já desmentiram qualquer envolvimento no atentado.
Para as autoridades turcas, o YPG constitui um prolongamento na Síria do PKK, a guerrilha curda considerada terrorista por Ancara, Estados Unidos e União Europeia.
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