O país foi o primeiro das três nações bálticas a fixar uma data para a remoção dos últimos vestígios visíveis do regime soviético, que manteve sob domínio a Letónia, a Lituânia e a Estónia, durante quase 50 anos, até 1991.
A invasão da Rússia à Ucrânia, em 24 de fevereiro, despoletou nas repúblicas bálticas vários movimentos a favor de derrubar os monumentos do período soviético, com a Letónia a cumprir o objetivo no seu Dia da Independência.
Para trás ficaram mais de 30 anos de discussões sobre o que fazer, por exemplo, com o grande Monumento da Vitória ao Exército Vermelho, que derrotou o exército nazi.
O mais visível de todos os testemunhos da era soviética foi derrubado em 23 e 24 de agosto, após a aprovação de leis especiais por parte do Parlamento letão e do município de Riga para esse efeito.
Embora a Letónia e os seus países vizinhos tenham aprovado novas leis e regulamentos especiais, com a finalidade de eliminar todos os "monumentos da ocupação", alguns já tinham sido suprimidos anteriormente.
Na Lituânia, as estátuas de Lenine, características das cidades de todo o país, foram sendo retiradas espontaneamente e reunidas num Parque Escultórico Soviético, perto da cidade de Druskininkai, que se transformou em atração turística.
A Estónia também já retirou vários monumentos soviéticos, incluindo um tanque comemorativo na cidade de Narva, perto da fronteira com a Rússia, que foi 'trasladado' para a capita, Talin, onde passou a integrar um monumento às vítimas do comunismo.
Ainda na Letónia, para além das estátuas de grandes dimensões retiradas com relutância nas cidades orientais de Daugavpils e Rezekne, muitas estruturas menos conhecidas foram retiradas inclusivamente por residentes locais.
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