"Por enquanto, está garantida a construção de infraestruturas para a instalação de novos sistemas de mísseis em cinco unidades das Forças de Mísseis Estratégicos (RVSN)", declarou o ministro russo, citado pelas agências internacionais.
Shoigu indicou que, na preparação da lista de projetos de infraestruturas para 2023, "será dada especial atenção à construção em função dos interesses das forças nucleares estratégicas".
Em outubro passado, as forças nucleares estratégicas russas realizaram manobras, que foram monitorizadas e presididas, por videoconferência, pelo Presidente russo, Vladimir Putin.
Durante os exercícios, os primeiros desde o início da ofensiva militar russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro, foi realizado um simulacro de "lançamento nuclear massivo por forças ofensivas estratégicas em resposta a um ataque nuclear inimigo".
Cinco dias antes do início da intervenção militar no território ucraniano, Putin presidiu a exercícios das forças nucleares com recurso a armamento hipersónico, equipamento que o Kremlin (Presidência russa) apresenta como capaz de contornar qualquer escudo antimíssil.
Em 27 de fevereiro, Putin colocou as suas forças de dissuasão nuclear em alerta, elevando os níveis de preocupação na Ucrânia e no Ocidente sobre um possível uso de armas nucleares.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.655 civis mortos e 10.368 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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