Macau anuncia alívio de política de zero casos da Covid-19

O Governo de Macau anunciou hoje o alívio gradual das medidas de prevenção da covid-19 a partir de segunda-feira, com a adoção, pela primeira vez desde março de 2020, de quarentena domiciliária.

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Lusa
08/12/2022 12:53 ‧ 08/12/2022 por Lusa

Mundo

Macau

Macau, que registou desde o início da pandemia seis mortes e mais de 2.700 infetados, segue a política chinesa de 'zero covid', apostando em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas de cinco dias para quem chega ao território, com exceção de quem vem da China continental.

"Atualmente a transmissibilidade é alta e é fácil de se recuperar após a infeção. Em Macau, a taxa de vacinação é superior a 90%, pelo que há condições para o ajustamento das medidas de prevenção e controlo da epidemia", anunciou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong, numa conferência de imprensa.

Esta "nova forma de prevenção", reforçou o diretor dos Serviços de Saúde, Alvis Lo, vai implicar, a partir de segunda-feira, a adoção de quarentena domiciliária para contactos próximos de pessoas infetadas com covid-19.

Até agora, as quarentenas tinham de ser cumpridas num hotel designado pelas autoridades ou numa instituição de saúde do território.

"Temos ainda planos para quarentenas domiciliárias de infetados [locais], atendendo às suas circunstancias e sintomas graves ou ligeiros", reforçou o dirigente.

Para quem chega de Hong Kong, Taiwan e do exterior, e que tem de cumprir cinco dias de observação médica num hotel e três de quarentena domiciliária ('5+3'), não podendo nestes últimos dias sair de casa, vai agora poder fazê-lo.

A secretária admitiu que estas medidas serão "ajustadas muito em breve".

Elsie Ao Ieong sublinhou que "para que os cidadãos se possam preparar para a chegada do período de transição", o Governo vai lançar uma série de medidas, como a promoção da vacinação entre a população idosa, a distribuição gratuita e faseada de kits antipandémicos e a realização de consultas externas para infetados.

"Para evitar uma corrida aos recursos médicos, afetando outros pacientes que precisam de serviços médicos, o ajustamento da politica de prevenção epidémica deve ser gradual e de abertura ordenada, evitando um grande numero de pessoas infetadas num curto período de tempo e a infeção de um grande número de trabalhadores, afetando o funcionamento básico da sociedade", disse.

Estima-se que nesta nova fase de convivência com o vírus, "a população infetada possa chegar a ser entre 50% a 80%", concluiu a responsável pela tutela dos Assuntos Sociais e Cultura.

Leia Também: Macau relaciona aumento de suicídios com pandemia

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