A Polónia e a Alemanha devem pedir mais ajuda à União Europeia (UE) para lidar com o aumento esperado de refugiados ucranianos durante o inverno. A afirmação é do presidente polaco, Andrzej Duda.
"Acredito que devemos nos voltar para a comunidade europeia para que haja apoio financeiro para os nossos países, que carregam um fardo especial em relação à receção de refugiados da Ucrânia", disse Duda, durante uma conferência de imprensa em Berlim, citado pela agência Reuters.
Milhões de ucranianos já fugiram do país desde que a invasão russa começou, a 24 de fevereiro, e há o receio de que muitos mais possam deixar as suas casas durante o inverno.
Dezenas de cidades e vilas em toda a Ucrânia foram reduzidas a escombros durante os mais de nove meses de ataques russos.
O Kremlin já assumiu que os ataques ao sistema de abastecimento de energia e água na Ucrânia são uma retaliação ao que Moscovo diz ter sido um ataque orquestrado por Kyiv à principal ponte construída na península da Crimeia, que a Rússia anexou em 2014.
Os repetidos ataques russos às infraestruturas deixaram milhões de ucranianos sem energia, aquecimento ou água em todo o país.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.702 civis mortos e 10.479 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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