O inverno e as temperaturas frias esperadas na Ucrânia irão provocar uma nova crise de refugiados, alertou, esta segunda-feira, o Conselho Norueguês para os Refugiados.
“Ninguém sabe quantos, mas haverá mais centenas de milhares, uma vez que o horrível e ilegal bombardeamento de infraestruturas civis torna a vida impossível em demasiados lugares”, disse Jan Egeland, secretário-geral do conselho, à agência de notícias Reuters.
“Por isso, receio que a crise na Europa se aprofunde e que ensombre igualmente crises em outros lugares do mundo”, acrescentou.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Por cá, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), foram atribuídas mais de 55 mil proteções temporárias a pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia. O maior número de proteções temporárias concedidas foi registado em Lisboa (12.076), Cascais (3.437), Porto (2.815), Sintra (1.883) e Albufeira (1.370).
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