Um adolescente é uma das vítimas mortais do naufrágio de uma pequena embarcação de migrantes ocorrido na quarta-feira no Canal da Mancha, que liga França ao Reino Unido.
A informação foi anunciada pelo líder do conselho do condado de Kent, Roger Gough, que apontou que esta tragédia representa “um lembrete preocupante dos custos humanos da crise em andamento”, cita o The Guardian.
Cerca de 12 crianças estavam sozinhas entre as 39 pessoas resgatadas das águas geladas, pelas três da manhã de quarta-feira.
A Marinha britânica encontra-se, agora, a rever as informações, de modo a apurar a necessidade de uma investigação.
A ministra do Interior, Suella Braverman, e o seu homólogo francês, Gérald Darmanin, transmitiram as suas “mais sinceras condolências aos entes queridos dos envolvidos”, salientando, em comunicado conjunto, que o incidente aponta para a necessidade de “destruir o modelo de negócio dos traficantes de pessoas”, que acumulam avultadas quantias.
Desde o início do ano, quase 45 mil pessoas fizeram esta perigosa travessia, em comparação com quase 30 mil no ano anterior.
Em novembro passado, um barco de borracha com 34 migrantes a bordo afundou-se no Canal da Mancha, provocando 31 vítimas mortais, incluindo uma mulher grávida.
Na terça-feira, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, anunciou um plano para enfrentar a crise de migrantes ilegais no Reino Unido, com o reforço de meios e a facilitação de deportação de cidadãos albaneses, que representam um terço do total.
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