Gana acusa Burkina Faso de contratar mercenários da empresa russa Wagner

O Burkina Faso estabeleceu alegadamente um acordo com a empresa russa de mercenários Wagner para combater a ameaça fundamentalista islâmica, denunciou em Washington, o Presidente de Gana, Nana Akufo-Addo.

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© Jemal Countess/Getty Images for Global Citizen

Lusa
15/12/2022 21:02 ‧ 15/12/2022 por Lusa

Mundo

Wagner

O chefe de Estado do Gana, que intervinha quarta-feira na cimeira EUA/África, quando abordava a crescente violência ligada à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico na região da África Ocidental, acusou designadamente a junta militar no poder no Burkina Faso de ter alocado uma mina à Wagner como forma de pagamento pelo envio de combatentes para o país.

"Ter [a Wagner] a operar junto à nossa fronteira é particularmente angustiante para o Gana", disse Akufo-Addo.

Nos últimos seis anos, o Burkina Faso procurou conter a violência fundamentalista islâmica no seu território, a qual provocou a morte de milhares e obrigou cerca de 2 milhões de pessoas a abandonar as suas áreas de residência.

A falta de resultados na contenção da insurgência fundamentalista islâmica resultou em dois golpes de Estado perpetrados este ano pelos militares burquinabês.

Leia Também: Últimos militares franceses deixaram hoje a República Centro-Africana

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