Num comunicado divulgado na plataforma Telegram, a administração local indicou que Andrei Chtepa, principal responsável por Lioubymivka, uma localidade situada na margem esquerda do rio Dniepre -- ocupada pelo exército russo e forças russófonas locais --, "morreu tragicamente após a explosão de um automóvel" provocada por "terroristas ucranianos".
O rio Dniepre, que atravessa a Ucrânia, tornou-se na linha da frente nesta região e após os soldados russos se terem retirado em novembro da margem direita, situada a ocidente.
As tropas russas foram forçadas a retirar de Kherson, a capital da província com o mesmo nome, na sequência de uma longa contraofensiva ucraniana associada a bombardeamentos às linhas de reabastecimento.
Até à retirada dos russos desta grande cidade, agentes ucranianos procederam atrás das linhas inimigas a assassinatos dirigidos a responsáveis que trabalhavam para a administração de ocupação russa.
No final de setembro, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a anexação das regiões de Kherson, Zaporijia, Donetsk e Lugansk, mesmo que não sejam controladas na totalidade pelo Exército russo e as milícias separatistas russófonas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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