Reino Unido na UE, IV Reich, guerra civil. O mundo de Medvedev em 2023

O antigo presidente russo ponderou sobre aquilo que "poderá acontecer em 2023".

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Daniela Filipe
26/12/2022 23:08 ‧ 26/12/2022 por Daniela Filipe

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Medvedev

Com um novo ano à porta, o antigo presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, desvendou, esta segunda-feira, 10 das suas previsões para 2023, considerando que não só o Reino Unido regressará ao bloco europeu, como levará ao seu colapso, dando-se ainda a criação do Quarto Reich na Alemanha, e uma guerra civil nos Estados Unidos, que trará a independência para a Califórnia e para o Texas.

“Antes do ano novo, toda a gente gosta de fazer previsões. Muitos têm hipóteses futuristas, entrando na corrida pelas propostas mais inesperadas, e até absurdas. Também faremos a nossa parte”, escreveu o responsável, na sua página da rede social Telegram.

Medvedev elencou, assim, aquilo que “poderá acontecer em 2023”, colocando em primeiro lugar o “aumento dos preços do petróleo para 150 dólares [140 euros] por barril e dos preços do gás para cinco mil dólares [4.698 euros] por mil metros cúbicos”, seguindo, assim, a tendência inflacionária proporcionada pelo conflito na Ucrânia.

Além disso, o antigo chefe de Estado considerou que o Reino Unido regressará à União Europeia (UE), provocando não só o seu colapso, como também “a abolição da circulação do euro como moeda da antiga UE”.

As regiões ocidentais “da antiga Ucrânia” serão, na sua ótica, capturadas pela Polónia e pela Hungria, dando-se ainda a “criação do Quarto Reich com base na Alemanha e nos satélites que se juntarão (Polónia, Países Bálticos, República Checa, Eslováquia, Roménia, República de Kyiv e outros párias)”, escreveu.

Nessa linha, Medvedev apontou que haverá uma guerra “entre a França e o Quarto Reich”, que levará à fragmentação da Europa, “incluindo uma nova fragmentação da Polónia”.

Também o Reino Unido será alvo de uma fragmentação, com a separação da Irlanda do Norte, que se juntará à República da Irlanda.

Por seu turno, os Estados Unidos serão palco de uma “guerra civil”, que verá “a separação da Califórnia e do Texas em estados independentes”, com a “criação da união do estado do Texas e México” e a “subsequente vitória de Elon Musk [CEO da Tesla e atual dono do Twitter] durante as eleições presidenciais dos Estados Unidos em alguns dos estados atribuídos aos republicanos, após a guerra civil”.

No campo económico, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia disse que 2023 trará a “transferência de todos os principais mercados de ações e atividades financeiras dos EUA e da Europa para a Ásia”, além do “colapso do sistema financeiro de Bretton Woods, incluindo o colapso do FMI e do Banco Mundial”.

Rejeição do euro e do dólar como moedas de reserva mundial. O retorno do padrão-ouro [que vigorou desde o século XIX até à Primeira Guerra Mundial]. Transição para o uso ativo de moedas digitais” foram as últimas previsões do responsável.

Feliz Ano Novo para vocês, amigos anglo-saxões e alegres porcos!” rematou.

De notar que nenhuma das previsões abordou o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, ainda que o responsável seja uma voz sonante pelo lado russo, criticando frequentemente tanto Kyiv, como os seus aliados. Medvedev mencionou, contudo, a "antiga Ucrânia", aludindo à sua tomada pelas forças de Moscovo.

Recorde-se ainda que o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia foi, esta segunda-feira, nomeado enquanto novo 'número dois' da Comissão Militar-Industrial russa, pelo presidente Vladimir Putin.

A entidade é liderada pelo chefe de Estado e conta com a presença de outros nomes de destaque da liderança militar russa, entre eles o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, o chefe do Estado-Maior, Valeri Gersimov, e ainda os chefes dos serviços secretos e da Guarda Nacional.

Leia Também: Putin nomeia Medvedev como "número dois" da Comissão Militar-Industrial

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