Ucrânia. Alto funcionário do Kremlin visitou central nuclear de Zaporíjia
Em causa está Sergei Kiriyenko, que é o responsável pela supervisão da política interna russa e antigo líder da empresa nuclear estatal do país, a Rosatom.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
O alto funcionário do Kremlin Sergei Kiriyenko, que é vice-líder da administração presidencial russa, visitou recentemente a central nuclear de Zaporíjia, atualmente controlada pela Rússia, segundo deu conta uma fonte pró-russa no local, reporta a Reuters.
Sergei Kiriyenko, que é o responsável pela supervisão da política interna russa e antigo líder da empresa nuclear estatal do país, a Rosatom, terá discutido temas de segurança da central nuclear aquando dessa visita, informou Vladimir Rogov, um funcionário local instalado na região.
"Sergei Kiriyenko visitou a central nuclear - verificou a segurança das instalações e as condições de trabalho dos funcionários da Rosatom", confirmou Rogov, através de uma publicação na rede social Telegram. No 'post', consta ainda uma fotografia do alto funcionário do Kremlin no exterior da central.
Recorde-se que pouco depois de invadir a Ucrânia, a 24 de fevereiro, as forças russas assumiram o controlo da central nuclear de Zaporíjia, logo no início de março. A instalação permanece nas proximidades da linha da frente de batalha e tem estado repetidamente alvo de ataques nos últimos meses. Kyiv e Moscovo têm-se culpado mutuamente pelos bombardeamentos.
De momento, as instalações estão sob controlo de unidades militares especiais russas, estando também especialistas nucleares de Moscovo no local. Funcionários ucranianos que trabalham na central já desde antes da guerra continuam, também, a contribuir para o normal funcionamento da central.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, tem vindo a defender recorrentemente o estabelecimento de uma zona de segurança e de proteção nuclear em torno da central, insistindo numa interrupção dos bombardeamentos.
A guerra na Ucrânia provocou já 6.884 vítimas mortais entre civis, embora o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACDH) alerte que o número deve ser "consideravelmente superior". Há ainda a considerar 10.947 civis feridos no contexto deste conflito.
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