Podolyak acusa Putin de ter "lógica pervertida" e de "matar civis"
Os comentários do conselheiro de Zelensky surgem enquanto decorre um cessar-fogo anunciado pela Rússia.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
O conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak voltou este sábado a acusar a Rússia de destruir intencionalmente as infraestruturas civis do país.
Numa nova publicação no Twitter, Podolyak afirmou que a "lógica pervertida" de Vladimir Putin consiste em "atacar brutalmente a Ucrânia, matar civis e destruir cidades", para depois "acusar o Ocidente... de apoiar os direitos dos ucranianos de proteger as suas vidas e as vidas das suas crianças".
"A realidade é diferente: o Ocidente, juntamente com a Ucrânia, está a defender a liberdade face aos assassinos russos que invadem as nossas casas", afirmou Podolyak.
Putin's perverted logic: 🇷🇺 brutally attacks 🇺🇦, kills civilians, destroys cities. Accuses the West... of supporting 🇺🇦 right to protect their lives, the lives of their children.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) January 7, 2023
The reality's different: the West's with 🇺🇦 defending freedom from ru-killers who invaded our homes.
As declarações de Podolyak surgem enquanto decorre um cessar-fogo, que a Rússia anunciou e que Kyiv rejeitou, por considerar uma manobra de distração para fortalecer as suas linhas da frente.
O governo ucraniano sempre rejeitou a ideia de cessar-fogo, alegando que esta foi uma mera manobra russa para ganhar tempo para reforçar as frentes de combate. Além disso, vários relatos na sexta-feira deram conta de ataques russos em vários pontos na Ucrânia, incluindo contra um quartel de bombeiros em Kherson que deixou vários mortos.
A guerra na Ucrânia já fez mais de 6.800 mortos entre a população civil ucraniana, segundo contam os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização adverte que o real número de mortos civis poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar mortos em zonas ocupadas ou sitiadas pelos russos - em Mariupol, por exemplo, estima-se que tenham morrido milhares de pessoas.
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