O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, atualizou os dados da tragédia ocorrida na cidade de Dnipro, onde um prédio residencial de nove andares foi atingido por um míssil russo no sábado.
O líder ucraniano detalhou que "25 pessoas morreram, incluindo uma criança, 73 pessoas ficaram feridas, incluindo 13 crianças, 43 pessoas são procuradas. Até agora, 39 pessoas foram resgatadas, incluindo seis crianças. 72 apartamentos foram destruídos e mais de 230 apartamentos ficaram danificados.
Zelensky ressalva que as equipas de busca e salvamento se vão manter no local. "Continuamos a lutar por todas as vidas 24 horas por dia".
No ataque russo que ocorreu sábado à tarde, o prédio foi atingido por um míssil Kh-22, projetado para destruir grupos de porta-aviões no mar.
Foram declarados pela autoridades da cidade de Dnipro três dias de luto.
Na última madrugada, o Estado-Maior do Exército ucraniano referiu que a Rússia "realizou três ataques aéreos e cerca de 50 ataques com mísseis durante o dia" de sábado.
"Além disso, os ocupantes lançaram 50 ataques com vários lançadores de foguetes", acrescentou.
O ministro da Energia ucraniano, German Galushchenko, anunciou também no sábado, na rede social Facebook, que foram ordenados cortes de eletricidade na maioria das regiões do país, na sequência dos ataques russos.
Os ataques russos foram realizados pouco depois de o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, ter telefonado ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para lhe anunciar que o Reino Unido será a primeira potência ocidental a enviar tanques de primeira linha para Kyiv.
Isto apesar dos receios, no seio da NATO, de que esta decisão possa ser considerada pela Rússia como uma escalada da guerra.
A ofensiva militar lançada pela Rússia contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e sanções políticas e económicas a Moscovo.
A invasão russa causou, até agora, a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
As Nações Unidas consideram confirmados 6.952 civis mortos e 11.144 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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